quarta-feira, 15 de abril de 2009

Deu "tilt" no Confraria

Como todo mundo percebeu, o Confraria passou um tempo fora do ar. Só que como os próprios membros não tinham tempo de cuidar do blog, ele ficou fora do ar e nem nós sabíamos por que. Até que depois de muito tempo e de comentários e questionamentos sobre quem teria tirado o blog do ar, eu decidi ver o que danado tinha acontecido. Adivinha? Spam, claro. A internet maluca achou que o nosso blog era spam. Mas como todo mundo também pode ver, o problema já foi resolvido. Agora só falta os confrades voltarem a postar.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Pensamentos soltos

Estive pensando muita coisa nos último dias. Todos os que eu fiquei calada. Às vezes não consigo pensar em voz alta ou o pensamento é muito fora dos padrões morais pra que eu possa externá-lo em palavras sem sofrer nenhuma sansão social. Mas enfim, eis que exponho alguns pensamentos que me vem à mente.
O primeiro deles é que eu preciso dormir, acho que essa história de que quanto mais velha a pessoa fica, menos ela dorme é conspiração do Estado pras pessoas trabalharem mais tempo e descansarem menos. Aí elas trabalham tanto que quando surge a oportunidade de se divertirem, ficam tão cansadas que se divertem pela metade.
Fico pensando se deveria ter acreditado nos meus pais quando eles me diziam pra eu aproveitar enquanto era adolescente e me divertir aos borbotões porque quando eu tivesse mais responsabilidades isso ía mudar. Na época eu fiquei chateada porque eles achavam que eu não tinha responsabilidades, como se estudar não fosse uma responsabilidade e tanto. Hoje eu entendo que estudar pelo menos deixa um horário livre pras farras.
E como o meu pensamento é mais rápido que bala no deserto, já vou mudando de assunto e quero saber porque as pessoas não podem se livrar desse consumismo tosco e viver alegremente na criatividade. Tudo é dinheiro! O natal tá chegando e o dinheiro não veio, então a solução é procurar presentes charmosos, criativos e baratos. No caso, de preferência, quase de graça, já que vou utilizar coisas que já tenho. Não que eu ache que não se deva dar presentes. Na verdade eu adoro presentes, receber e dar. É muito bom ver que a outra pessoa ficou feliz com a sua lembrança ou que o outro pensou em você. E até gosto do natal por causa disso, as pessoas lembram mais umas das outras. Apesar de que eu era mais lembrada quando era criança...
Às vezes eu falo um monte de besteiras que nem acredito piamente e meu pai me olha com uma cara como se ele tivesse criado um monstro. Fico pensando se estrago a minha brincadeira e explico pra ele que só faço isso pra ele ficar com essa cara de "eu criei um monstro"...
E a crise fantasma que não cehou no meu bolso ainda mais que é tão falada por aí que eu fico pensando se vou ser demitida do meu emprego em que nem contrato eu tenho. E o melhor é que parece um formigueiro em pânico, com formiga correndo pra todo lado e se trombando e ninguém nem se mexe para arrumar uma solução. Acho que as pessoas deveriam ver Formiguinha Z, talvez elas se unissem para acabar com o mal em comum.
Enfim, só pensamentos soltos.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Pesadelo

Ontem eu tive um sonho estranho. Quer dizer... Não foi um sonho. Foi mais um pesadelo. Só podia ser um pesadelo, pois tive a ligeira impressão de ouvir pessoas gritando e crianças berrando.

Lembro que foi algo assustador. Em um momento, pude ver mães e filhos se afogando, crianças berrando ao ver sua casa arrastada pelas águas da chuva interminável. Tive a impressão de ver um senhor sentado em uma pedra, chorando a perda de sua casa, onde estava seus 70 anos de vida.

Quando eu já estava me sentindo sufocado, a visão do alagamento foi embora. Terminei sendo arrastado por um mundo em guerra. Centenas de corpos eram retirados de escombros. Pessoas gritavam por seus filhos perdidos. Bombas e explosões tomavam conta de tudo. Uma cidade em chamas... Um mundo destruído... Um mundo aos pedaços.

Cheguei a pensar que aquilo nunca ia acabar, que o pesadelo jamais teria fim.

Pensei que ficaria preso naquele mundo para sempre.

Mas fui salvo pelos comerciais...

O Jornal Nacional foi para o intervalo e as lembranças das desgraças humanas foram varridas pela família feliz da propaganda de um Shopping qualquer.

Audrofonso Araújo III

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O Conto da Pitoca Boa

Vou começar logo com um protesto.

Que porra é essa que homens pensam que só as mulheres que tem que ir no médico cuidar da saúde sexual de ambos???

O roteiro simbólico é:

- Amor, vamos transar?

– Oi?

– Tran-sar.

– Mmmmm... Pode ser, amozinho da minha vida.

- Você já foi ao médico? Quero dizer, ta tudo certo com você?

- Está, mas vou novamente, assim que der (para saber se VOCÊ está em dia, pensa ela, entre a cruz e a espada).

Fico pensando se é burrice demais, confiança demais, ou desapego demais a vossas pitocas. Porque, veja você, provavelmente você já teve muitas moças rolando debaixo dos seus lençóis, e acredite, não ache que com ela é tudo diferente, apesar de que você deve acreditar nisso, com fé, muita fé. Então imagina se só as mulheres precisam saber se está tudo em dia? Agora, anotem aí, existe uma especialidade médica que cuida de pitocas chamada ANDROLOGIA. Não é cu. É pitoca. O cu é do urologista. É ele, aliás, que vai meter o dedo no seu cu, pra saber se ta tudo bem com ele. E, caso você não saiba, se você for acompanhado por um andrologista pela vida toda, o cu pode se isentar de receber o infeliz e temível dedão, daqui, a 15, 20 ou sei lá quantos anos faltam para o preventivo do câncer de cu.

Então o recado é: cuide da sua pitoca agora para não levar uma dedada nos infernos. Se você quer morrer sem cagar pra dentro.

Conheço dois casos muito próximos de homens que não cuidavam das pitocas e acabaram encrencados. O primeiro deles traiu a esposa, adquirindo Herpes Genital (eu também soltei vários arghs e ecas). Vá lá que ele é muito burrinho, mas passou pra ela, e claro que ela deu um belo chute nele porque, né? Algum dos dois tinha trepado com um lixo que sabia gemer. A outra, coitada, chegou a perder o útero por causa de complicação. Dependia de saúde pública, marido traiu, pegou doença, e acabou com a vida da outra. E a anta ta firme e forte com ele, e sem o útero. :s

As namoradas e amigas-trepantes de vocês são inteligentes, não se iludam. E se os dois forem inteligentes, até posso garantir que vão querer usar muitas camisinhas, mas o sexo não vai se resumir ao entrar e sair de pitoca num buraco úmido. Então, se um dos dois tiver doente, não vai adiantar, né não? Doente, em sexologia, é portador de alguma coisa, desde uma infecção SEM sintomas (doença pode não ter sintoma algum), até uma coisa punk, tipo AIDS. Só que um dos dois vai ter que ir no médico, e geralmente sobra para a mulher, porque ela ainda quer ter um útero decente. E então, ela vai, verificar se está tudo ok com ela.

E plim, você, HOMEM PALHAÇO, solta a pérola: não se preocupe querida, estou limpo, nunca trepo sem camisinha, e os dois embarcam no conto da pitoca boa. Fazem amor como nunca haviam feito e, caralho, ele não foi no médico!!!

A mulher se fudeu, fez quinze exames, e o palhaço vem e caga tudo. Por que ele não pode ir num andrologista? É ferir demais a dignidade masculina? Porque a mulher pode passar 4 horas na fila de uma ginecologista (e todas as grávidas passam na frente, quando não querem parir no horário que é dela), para ficar arreganhada para estudo. Depois ela passa 21542 exames entre exames de sangue, ultrasons, apertões nos seios, e também passam por um pau de plástico com direito a camisinha para sentir o útero, além de coletas de secreção para exame citológico feito numa sala escura por uma enfermeira com sovaqueira às 6h10 da manhã... A gente agüenta? Ah! Ela não te contou não é?

O homem só precisa fazer uma coisa. E ele não faz nunca. Primeiro porque são uns chatos mongóis e depois porque as mulheres não exigem! Que erro!!!

Pois bem. Como eu sou uma revoltada, mas mui amiga, vou dizer logo que em qualquer cidade há váaaaaarios andrologistas, e que, suas mulheres-trepantes, a partir de agora, vão começar a exigir tais exames. (WWW.google.com // pesquisa andrologista + sua cidade, vai aparecer todos eles, e sim, com telefone e endereço). E sabem porque? Porque estão cansadas, todas as vezes trocam de namorados, fazem mil exames e eles sempre tem algo como uma clamídea, ou sei lá mais o quê. E elas gastam dinheiro e tempo no tratamento. Um SACO!

Agora vê, as amigas que você comem, né? Vão avisar muuuito se tiverem bichadas... Então, se virem. Porque mesmo que você namore direitinho depois de um passado com muitas amigas –trepantes, o exame vai dizer: seu passado te condena!

Agora, seguem as dicas:

A mulher (ou você nela) não faz exame de mama? Sabia que você deve fazer isso com seus testículos? Se tiver algum nódulo, caroço, etc, vai logo procurar o médico, sem pensar duas vezes, para fazer uma ultrassommm fantástica. Uhuuu! Vão passar um gel gelado e uma coisinha sensível que você vai ver LOS OVOS numa telinha fantástica.

Quanto às outras doenças que você pode ter, relaxe, em geral são coisas simples que são resolvidas com antibióticos e os exames também são simples, sangue e coleta para teste citológico (em laboratório), e que você vai gastar pouco tempo para ficar limpo de vez. E quer saber, você ta fazendo isso por você mesmo, né não? 95% dos casos são resolvíveis. Alguns deles podem te complicar se não for na porra do médico, to falando!

E se você ignorou esse recado, que deus te proteja dos dedos dos infernos no teu cu caso você precise cagar pra dentro, seu merda. Um merda cagando para dentro. Merece muitos dedões.

Mas caso precise de ajuda, mande um email para mim com o assunto “minha pitoca caiu” para confrariadogrito@gmail.com, em nome de Perfídia Maria.

Um beijo se a pitoca tiver boa, na pitoca. Na boa.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

De mim...

Restos mortais de dignidade sob escombros da infelicidade. Aquele dia poderia ter terminado em mais choro, já não bastasse o encharcamento do meu travesseiro quente. Poderia ter terminado em solidão, em mais angústia, em morte. E terminou. Morreu todo o entendimento sobre aquela dor que sentia, aquele vazio que se instalava abruptamente em todo meu corpo. Eu só pensava nele, só queria ele, a pele dele. E tudo que eu quis, não pude ter. Para ser menos eu, um pulo. Morri por um dia. Minhas lágrimas não tinham mais gosto, meu rosto estava vermelho, inchado. Desconfigurava mais e mais, e não achava ruim. Queria não me reconhecer... Acabou-se a vontade de tudo. Acho que Deus pensou bem em ter que colocar algumas coisas involuntárias. Não queria respirar, queria não ouvir, e se dependesse de mim, não ia acontecer. Mas as horas haveriam de passar.

Nasceu o sol, e eu voltei a ser só amor.